quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A utilização de aromas na indústria de alimentos

Os aditivos são substâncias que quando adicionadas aos alimentos tem o poder de preservar e também melhorar alguns aspectos do produto ou alimento, sua utilização tem crescido muito e hoje existem mais de 3.500 aditivos usados em todo o mundo. 
Segundo o ministério da saúde, no Brasil os aditivos são classificados em 11 categorias seguindo a função que desempenham, são eles os acidulantes, antiespumantes, antioxidantes, antiumectantes, conservadores, corantes edulcorantes, espessantes, estabilizantes, umectantes e também os aromatizantes.

Dentre todos estes aditivos os Aromatizantes são muito utilizados na indústria de alimentos, pois a aceitação da maioria dos produtos criados na indústria de alimentos esta ligada ao sabor (aroma) definido aos produtos. A utilização dos aromatizantes vem desde as civilizações antigas e desempenhava a função de verificar se o alimento estava estragado ou se uma determinada planta poderia ser nociva ao homem, mais com o passar dos anos o desenvolvimento tecnológico permitiu a inversão destas funções e hoje os aromatizantes são utilizados em diversos segmentos como nas indústrias de laticínios, confeitaria, bebidas, carnes, tabacos, farmacêuticos, higiene bucal e também cosméticos, com o principal objetivo de mascarar os sabores indesejáveis.
A ANVISA, Agencia Nacional de Vigilância Sanitária determina que aromatizantes são substancias ou mistura que possui propriedades odoríferas e/ou sápidas, capaz de conferir e/ou intensificar o aroma/sabor dos alimentos, excluem-se desta definição os produtos que apresentam apenas doce, ácido ou salgado e não podem ser consumidos em seu estado natural.

Os aromatizantes são divididos em três status: os aromas naturais, o aroma idêntico ao natural e o aroma artificial, essa classificação esta ligada as fontes de matérias primas que serão misturadas para a fabricação do aroma. Podem ser aplicados em diversos tipos de produtos e segmentos dentro de uma indústria de alimentos.
Todos os alimentos necessitam possuir um sabor agradável para que possam ser consumidos, e os aromas tem grande importância agregando sabor aos alimentos e sendo considerado um componente essencial na alimentação. A maioria dos aromas consumidos hoje é o “idêntico ao natural”, e são classificados como aromas sintéticos que possuem as mesmas moléculas aromáticas dos naturais, a diferença de um “idêntico” e um “autêntico” esta na formação de obtenção das moléculas.

Alguns exemplos de utilização de aromas na fabricação de seus produtos estão nos laticínios com a produção de leite, iogurte, flans, pudins; na confeitaria com doces,  bolos, biscoitos; nas bebidas com os refrigerantes pós para refrescos e também nas carnes com os embutidos e  produtos processados em geral. No Brasil os principais aromatizantes utilizados são: Diacetila, Essências artificiais e naturais, Extrato natural de fumaça e vegetal aromático, Flavorizantes, Óleo fusel, Propenil guatenol e Vanila.
Os aromas são utilizados em três grupos principais: onde o aroma faz o produto (refrigerante, sorvete, gelatina, refresco em pó) sem o aroma estes produtos não existiriam. Onde o aroma identifica o produto (refrigerante, balas, pudins) são diferenciados entre si com características especificas dos aromas neles empregados, e onde o aroma complementa o produto repondo substâncias que foram perdidas durante o processamento do produto.

Pode haver toxicidade em produto que contenha aromatizante principalmente na quantidade em que são adicionados ao alimento. Para se originar um aroma, às vezes é necessária a interação de centenas de compostos químicos dificultando caracterizar precisamente quais compostos são verdadeiramente nocivos a saúde, pois cada fabricante tem suas próprias composições e métodos de fabricação.
Existem restrições de uso geralmente associadas a casos de alergias e tais componentes e sua privação seria restrita a este grupo sensível, também não devemos esquecer que o grau de pureza e os efeitos acumulativos no organismo devem ser considerados.

Esse resumo sobre Aromas é parte do trabalho integrador desenvolvido por Ariadne Almeida e Danielle Spinassi alunas do 8°período de Engenharia de Alimentos do Centro Universitário Padre Anchieta.

Um comentário:

  1. Olá! Sou tecnólogo de alimentos e atuo na indústria de aromas há 8 anos. Gostaria de fazer algumas observações sobre o artigo: o desenho esquemático das zonas de sabor básico na língua já não é aceito há bastante tempo; sabe-se hoje que algumas zonas são mais sensíveis a determinado sabor básico, mas todas as papilas gustativas são capazes de identificar pelo menos 2 sabores básicos. Sobre a parte que fala que os aromas podem ser TÓXICOS, não é bem assim. Os aromas são conhecidos por serem aditivos BPF normalmente sem limite de utilização, pois sua aplicação é auto-limitante. Há também organismos internacionais que aprovam ou não a utilização de cada matéria-prima para a utilização nos aromas e a legislação brasileira se apoia nesses organismos internacionais (FEMA, FDA, JECFA, etc.). Portanto os aromas são seguros e não apresentam risco à saúde do consumidor.

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