Os aditivos são substâncias
que quando adicionadas aos alimentos tem o poder de preservar e também melhorar
alguns aspectos do produto ou alimento, sua utilização tem crescido muito e
hoje existem mais de 3.500 aditivos usados em todo o mundo.
Segundo o ministério da saúde, no Brasil os
aditivos são classificados em 11 categorias seguindo a função que desempenham,
são eles os acidulantes, antiespumantes, antioxidantes, antiumectantes,
conservadores, corantes edulcorantes, espessantes, estabilizantes, umectantes e
também os aromatizantes.
Dentre todos estes aditivos
os Aromatizantes são muito utilizados na indústria de alimentos, pois a
aceitação da maioria dos produtos criados na indústria de alimentos esta ligada
ao sabor (aroma) definido aos produtos. A utilização dos aromatizantes vem
desde as civilizações antigas e desempenhava a função de verificar se o
alimento estava estragado ou se uma determinada planta poderia ser nociva ao
homem, mais com o passar dos anos o desenvolvimento tecnológico permitiu a
inversão destas funções e hoje os aromatizantes são utilizados em diversos
segmentos como nas indústrias de laticínios, confeitaria, bebidas, carnes,
tabacos, farmacêuticos, higiene bucal e também cosméticos, com o principal
objetivo de mascarar os sabores indesejáveis.
A ANVISA, Agencia Nacional
de Vigilância Sanitária determina que aromatizantes são substancias ou mistura
que possui propriedades odoríferas e/ou sápidas, capaz de conferir e/ou
intensificar o aroma/sabor dos alimentos, excluem-se desta definição os
produtos que apresentam apenas doce, ácido ou salgado e não podem ser
consumidos em seu estado natural.
Os aromatizantes são
divididos em três status: os aromas naturais, o aroma idêntico ao natural e o
aroma artificial, essa classificação esta ligada as fontes de matérias primas
que serão misturadas para a fabricação do aroma. Podem ser aplicados em
diversos tipos de produtos e segmentos dentro de uma indústria de alimentos.
Todos os alimentos
necessitam possuir um sabor agradável para que possam ser consumidos, e os
aromas tem grande importância agregando sabor aos alimentos e sendo considerado
um componente essencial na alimentação. A maioria dos aromas consumidos hoje é
o “idêntico ao natural”, e são classificados como aromas sintéticos que possuem
as mesmas moléculas aromáticas dos naturais, a diferença de um “idêntico” e um “autêntico”
esta na formação de obtenção das moléculas.
Alguns exemplos de
utilização de aromas na fabricação de seus produtos estão nos laticínios com a
produção de leite, iogurte, flans, pudins; na confeitaria com doces, bolos, biscoitos; nas bebidas com os
refrigerantes pós para refrescos e também nas carnes com os embutidos e produtos processados em geral. No Brasil os
principais aromatizantes utilizados são: Diacetila, Essências artificiais e
naturais, Extrato natural de fumaça e vegetal aromático, Flavorizantes, Óleo
fusel, Propenil guatenol e Vanila.
Os aromas são utilizados em
três grupos principais: onde o aroma faz o produto (refrigerante, sorvete,
gelatina, refresco em pó) sem o aroma estes produtos não existiriam. Onde o
aroma identifica o produto (refrigerante, balas, pudins) são diferenciados entre
si com características especificas dos aromas neles empregados, e onde o aroma
complementa o produto repondo substâncias que foram perdidas durante o
processamento do produto.
Pode
haver toxicidade em produto que contenha aromatizante principalmente na quantidade
em que são adicionados ao alimento. Para se originar um aroma, às vezes é necessária
a interação de centenas de compostos químicos dificultando caracterizar
precisamente quais compostos são verdadeiramente nocivos a saúde, pois cada
fabricante tem suas próprias composições e métodos de fabricação.
Existem
restrições de uso geralmente associadas a casos de alergias e tais componentes
e sua privação seria restrita a este grupo sensível, também não devemos
esquecer que o grau de pureza e os efeitos acumulativos no organismo devem ser
considerados.
Esse
resumo sobre Aromas é parte do trabalho integrador desenvolvido por Ariadne
Almeida e Danielle Spinassi alunas do 8°período de Engenharia de Alimentos do
Centro Universitário Padre Anchieta.
Olá! Sou tecnólogo de alimentos e atuo na indústria de aromas há 8 anos. Gostaria de fazer algumas observações sobre o artigo: o desenho esquemático das zonas de sabor básico na língua já não é aceito há bastante tempo; sabe-se hoje que algumas zonas são mais sensíveis a determinado sabor básico, mas todas as papilas gustativas são capazes de identificar pelo menos 2 sabores básicos. Sobre a parte que fala que os aromas podem ser TÓXICOS, não é bem assim. Os aromas são conhecidos por serem aditivos BPF normalmente sem limite de utilização, pois sua aplicação é auto-limitante. Há também organismos internacionais que aprovam ou não a utilização de cada matéria-prima para a utilização nos aromas e a legislação brasileira se apoia nesses organismos internacionais (FEMA, FDA, JECFA, etc.). Portanto os aromas são seguros e não apresentam risco à saúde do consumidor.
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