sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Corantes

Corantes são aditivos alimentares, adicionados nos produtos para dar cor ou intensificar a cor que pode ter perdido em algum processamento, pois durante os processos que são submetidos, oscilações de temperaturas, mudanças em pH, textura, pressão ou mesmo manipulação exagerada são os causadores das perdas. Devido essas perdas os alimentos prontos deixam a desejar em questões como cor, sabor, texturas; a fim de minimizar estas questões são adicionados aditivos para disfarçar as perdas.

Há muito tempo, já se usa corantes em alimentos, principalmente os naturais, pois os sintéticos só foram descobertos em 1868 por Willian Henry, que extraiu o primeiro corante sintético, a malveina. Depois disso outros pesquisadores foram descobrindo mais corantes sintéticos, que hoje chega-se a conta de mais 700 corantes sintéticos.
Os corantes são classificados de acordo com sua origem, sendo eles naturais e sintéticos. Dentre essa classificação de origem, podemos separar em mais divisões, que são: Corante orgânico natural, Corante orgânico sintético, caramelo e caramelo (processo com amônia). A origem dos naturais são na maioria das vezes de plantas, animais e minerais, já os sintéticos e a base da composição química definida, obtida por processo de síntese.
Os corantes naturais mais utilizados são: Clorofila, cúrmuma, carmim, betalaínas, antocianinas, urucum, páprica e caramelos. São utilizados em; queijos, produtos de panificação, alimentos de origem animal, sorvetes, gelatinas, balas, alimentos processados e laticínios e cervejas.

Os sintéticos são: amarelo crepúsculo, azul brilhante, amaranto ou vermelho Bordeaux, vermelho eritrosina, indigotina (azul escuro), vermelho ponceau 4R, amarelo tartrazina, vermelho 40. São encontrados: balas, caramelos, goma de mascar, refrescos, xaropes, pó para gelatinas, pó para refrescos artificiais, frutas em calda, refrigerante, licores, fermentados.
O uso dos corantes é controlado, pois muitos deles causam reações alérgicas, Segundo BRASIL (1965), a legislação brasileira para uso de corantes atua com o decreto nº 55.871, de 26 de março de 1965, que diz que os produtos que contém corante artificial, são obrigatórios à declaração “Colorida Artificialmente". Estudos mostram que os corantes artificiais também podem ser responsáveis pelo déficit de atenção, hiperatividades das crianças, insônia e hipersensibilidade. Se não for diagnosticado logo no começo, pode se chegar até a fase adulta. Os riscos de desenvolvimentos de doenças atópicas, se devem a vários fatores, tais como: predisposição genética, exposição precoce a substancia alergênica. Algumas medidas para diminuir a hipersensibilidade: excluir os alimentos alergênicos e os aditivos com grande quantidade de corantes, principalmente durante a lactação e o primeiro ano de vida da criança. O consumo em excesso de corantes do grupo Azo (amarelo tartrazina, amarelo crepúsculo e vermelho 40), podem causar reações alérgicas com asma e urticária. O Corante natural carmin, amplamente utilizado na indústria pode causar asma ocupacional, devido à inalação das partículas proteicas de artrópodes (cochonilhas)
Alguns países como EUA, proibiu o uso de alguns corantes artificiais, no Brasil os que podem ser utilizados são: amarelo crepúsculo, amarelo tartrazina, azul brilhante, amaranto, azul indigotina, azul patente V, vermelho ponceau 4R, vermelho 40, eritrosina, azorrubina e verde rápido FCF.
As empresas vêm buscando soluções para substituição do corante artificial pelo natural, pela alta procura por alimentos mais saudáveis e também principalmente pelas características benéficas como antioxidantes e anti-inflamatórias, Porém o uso de corantes naturais é um dos grandes desafios, devido à instabilidade dos corantes naturais e os produtos não terem um shelf life alto como os produtos que utilizam corantes artificiais, sendo assim os artificiais continuam no mercado, até encontrarem uma solução.

  Esse resumo sobre corantes é parte do trabalho interdisciplinar desenvolvido por Alexandra Simão, Dayana Lima, Linsday Oliveira, Natalia Lazarov alunas do 8°período de Engenharia de Alimentos do Centro Universitário Padre Anchieta.

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