
As pimentas como um todo causam divisão, há quem gosta muito
e as utiliza sempre em suas refeições e há quem não consegue nem mesmo sentir
seu aroma. Isso se deve a seu princípio
ativo, a capsaicina, fórmula estrutural apresentada na figura abaixo. A capsaicina
está presente em todas as pimentas, e é bem evidente na pimenta malagueta. Essa
substância é a responsável pela ardência da pimenta.

Seu consumo causa em nosso cérebro alguns comandos que
explicam o modo como reagimos quando consumimos a pimenta malagueta. Quando
ingerimos a pimenta, a capsaicina estimula os receptores sensíveis da língua e
da boca e, ao serem atingidos quimicamente pela substância, esses receptores
nervosos transmitem ao cérebro uma mensagem informando que a boca estaria
queimando, literalmente. Imediatamente o cérebro gera uma resposta ordenando
reações para salvá-lo do suposto fogo e o organismo tenta “refrescar” o corpo.
Então se inicia a salivação, a face transpira e o nariz fica úmido. Com o
cérebro enganado, ele produz endorfinas que permanecem por bastante tempo no
organismo, causando uma sensação de bem-estar.

O consumo da pimenta malagueta possui benefícios já
comprovados pela medicina, sendo eles: auxílio da digestão, estimulante para o
apetite, aumento da salivação e estímulo à secreção gástrica e
gastrointestinal, dando uma sensação de bem estar, ajuda na diminuição do nível
de gordura no sangue, agindo como expectorante, descongestionando as vias
respiratórias, além de diminuir os riscos de doenças cardiovasculares, redutora
de inflamações e atua como antioxidante, sendo assim, capaz de contribuir para
a eliminação dos temíveis radicais livres e, como consequência, retarda o
processo de envelhecimento das células do corpo.
Além dessas substâncias serem a marcantes na pimenta
malagueta, ela é rica em umidade, com valores acima de 60%, fibras e
carboidratos.
A pimenta pode ser consumida em forma de molhos e também in natura, na forma de conserva, devendo
dessa forma, passar por um processo de:
·
Colheita do fruto, que deve ser feita em fase
madura;
·
Seleção, onde alguns frutos e componentes
indesejados são retirados;
·
Classificação, onde os frutos são separados por
coloração, a fim de obter uma uniformidade;
·
Lavagem com água clorada, para sair impurezas e
diminuir contaminação;
·
Peneiramento, para remover o excesso de água no
fruto;
·
Acondicionamento, onde é adicionado vinagre à
pimenta para obter um pH baixo, e sabor característico da conserva.
Após
esse processo as pimentas vão para uma embalagem apropriada, que em seguida são
rotuladas e embaladas para a venda, como exemplifica a figura acima.
Apesar
de a pimenta malagueta ser bem conhecida no Brasil, seu consumo não é tão
evidente. Na Tailândia, por exemplo, a pimenta é muito utilizada na culinária e
seu consumo pode chegar a 10 gramas ao dia por pessoa, enquanto no Brasil não
passa de 0,5 gramas.
Ainda não existem estudos para saber
qual é a quantidade ideal para o consumo da pimenta, mas sabe-se que a introdução
da pimenta na alimentação pode beneficiar o organismo. Porém, como todo o
alimento, os benefícios dependem da quantidade ingerida. Quando consumida em excesso
a pimenta pode piorar problemas no esôfago,
intestino, circulação, hemorroida ou gastrite. O limite entre o saudável
e o prejudicial depende de pessoa para pessoa, uma vez que não há dados
publicados sobre a quantidade de pimenta malagueta que possa causar mal à saúde.
Esse resumo sobre Pimenta
Malagueta é parte do trabalho integrador desenvolvido por Bruna Miranda, Laysa
Castro, Thaís Azzone e Thaisa Antunes alunas do 4°período de Engenharia de
Alimentos do Centro Universitário Padre Anchieta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário